
A Bahia como centro da escravidão Africana no Brasil: Impactos e resistência
Aqui vai algumas dicas: A Revolta dos Malês (1835), ocorrida em Salvador, foi liderada por africanos muçulmanos que resistiam à escravidão e à imposição do cristianismo, demonstrando a força da identidade religiosa e cultural dos povos africanos escravizados. Essa revolta foi um dos maiores levantes urbanos de escravizados no Brasil e revela o papel ativo dessas populações na luta contra a opressão. As irmandades negras, por sua vez, surgiram como formas de organização social e religiosa durante o período colonial. Eram espaços criados por pessoas negras — muitas vezes escravizadas ou libertas — para promover apoio mútuo, solidariedade e a preservação de práticas culturais e religiosas. Ao contrário da visão simplificada de submissão, essas irmandades mostram estratégias complexas de resistência e sobrevivência. O livro "Escravidão", de Laurentino Gomes, destaca que o sistema escravista brasileiro foi sustentado principalmente pelo modelo agroexportador, baseado na exploração da mão de obra negra nos engenhos de açúcar, nas plantações de café e em outras atividades ligadas ao mercado internacional. Esse modelo foi lucrativo para as elites e sustentou uma lógica de desumanização dos povos escravizados. Segundo Liliane de Deus Barbosa, a presença indígena na Bahia foi frequentemente invisibilizada na cartografia histórica tradicional. Embora os povos indígenas tenham resistido e se mantido em seus territórios, muitas vezes foram retratados como inexistentes ou já extintos, o que contribuiu para o apagamento de sua presença e direitos no imaginário social e nos registros oficiais. A religião Candomblé é um símbolo de resistência cultural e espiritual. Nascida da fusão entre tradições africanas (principalmente iorubás, jejes e bantus), influências indígenas e elementos do catolicismo, o Candomblé mantém viva a conexão com os ancestrais africanos e suas cosmovisões, sendo praticado até hoje, especialmente na Bahia. A geografia da presença afro-indígena na Bahia mostra uma resistência territorial marcante, visível em comunidades quilombolas e aldeias indígenas que persistem apesar das pressões urbanas e econômicas. Essas populações mantêm vivas suas tradições e lutam por reconhecimento, terra e dignidade. Preste bastante atenção!
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1
Por que a Bahia se tornou um dos principais centros de escravidão Africana no Brasil?
Pela produção de açúcar e localização estratégica no litoral
Pela presença de grandes reservas minerais
Pela ausência de mão de obra indígena
Pela atuação da coroa portuguesa contra o tráfico
2
Qual das manifestações culturais abaixo é herança direta da presença africana na Bahia?
Festa de são João
Frevo
Candomblé
3
Qual das alternativas representa uma forma de resistência dos africanos escravizados na Bahia?
Trabalhar mais rápido nas plantações
Fugir e forma Quilombos
Adotar nomes portugueses
Mudar de religião
4
Qual foi o principal motivo da revolta dos Malês (1835)?
A cobrança excessiva de impostos pela coroa portuguesa
A abolição da escravidão
A disputa por terras entre portugueses e indígenas
A oposição dos africanos amuçulmanos à escravidão e à imposição do cristianismo
5
O que eram as "irmandades negras" durante o período colonial no Brasil?
Seitas secretas que praticavam magia
Grupos rebeldes que organizavam figas em massa
Organizações religiosas e sociais criadas por negros para apoio mútuo e preservação cultural
6
Segundo o livro "Escravidão" de Laurentino Gomes, qual foi um dos principais motores econômicos da escravidão no Brasil?
A exploração de mão de obra negra para o sistema agro exportador, como o açúcar e o café
A busca por diversidade cultural
A necessidade de trabalhadores para a indústria automobilística
A agricultura de subsistência indígena
7
De acordo com a autora Liliane de Deus Barbosa, como a presença indígena é representada na cartografia histórica tradicional?
Como apenas uma presença migratória
Como numerosa e dominante
Como central na poder local, tendo uma grande influência
Como inexistente ou apagada, apesar de sua presença continua
8
Qual é um dos impactos sociais da escravidão na Bahia até os dias de hoje?
Igualdade plena estre brancos e negros
Fim das religiões de matriz africana
Desigualdade racial e econômica
Fortalecimento da população indígena
9
O que foi a revolta dos Malês (1835)?
Um movimento abolicionista da elite baiana
Uma greve dos trabalhadores livres
Uma levante dos indígenas contra jesuítas
Uma revolta liderada por escravizados muçulmanos em salvador
10
A geografia da população afro-indígena na Bahia revela?
Que essas populações desapareceram com a urbanização
Que essas populações estão restritas ao litoral
A permanência e resistência em territórios específicos como quilombos e aldeias
Uma dispersão invisível nas grandes cidades